Para celebrar o início de uma nova estação do ano, a Associação
Portuguesa dos Nutricionistas lançou o "Guia para um inverno +
mediterrânico", de forma a promover as recomendações da Dieta
Mediterrânica (SAUDÁVEL E SUSTENTÁVEL) e transmitir algumas sugestões alimentares para uma semana
de inverno.
Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento
domingo, 27 de dezembro de 2015
Em França também consomem frutos e legumes feios
Em França, o hipermercado Intermarché lançou, em 2014, juntando-se à luta da União Europeia contra o desperdício alimentar, a campanha FRUITS ET LÉGUMES MOCHES (frutas e legumes feios).
Publicado, no youtube, a 13/09/2014
sábado, 26 de dezembro de 2015
Fruta Feia vai para o Porto após evitar 200 toneladas de desperdício
O projeto Fruta Feia, que nos últimos dois anos evitou que 200
toneladas de fruta e legumes fossem parar ao lixo só na região de
Lisboa, vai agora viajar para o Porto, onde procura instalar dois pontos
de entrega.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Trabalho desenvolvido no 1º período pela equipa Eathink Entroncamento
Ao longo do 1º período (2015/16), a equipa Eathink - Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento organizou as seguintes atividades:
- comemoração do Dia Mundial da Alimentação, com a visualização, na disciplina de Sociedade e Valores (3º ciclo), de um vídeo realizado pela equipa Eathink Entroncamento (reflexão, feita pelos alunos, sobre alimentação) e distribuição, a todos os professores do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, de um folheto alusivo ao Dia e à sua temática para 2015, gentilmente cedido pela Fundação Calouste Gulbenkian (promotor nacional do projeto Eathink - Alimentação Local, Pensamento Global), e de marcadores enviados pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas. Foram espalhados, pelas escolas do Agrupamento, cartazes com a informação constante do folheto fornecido pela Fundação Calouste Gulbenkian, para que também os alunos a ela pudessem ter acesso;
- palestra "A Importância da Dieta Mediterrânica num Estilo de Vida Saudável", destinada a pais/encarregados de educação, professores, assistentes operacionais de ação educativa e alunos do curso profissional Técnico Auxiliar de Saúde. A palestrante foi a Dra. Liliana Oliveira, da Associação Portuguesa de Dietistas. Na palestra esteve também presente a professora Manuela Cavaleiro, com as produções da Quinta do Casal da Juge (agricultura de proximidade). A cada participante foi distribuída uma esferográfica e uma pasta, gentilmente cedidas pela SANTILLANA. A pasta continha o seguinte material: certificado de participação, duas receitas da Dieta Mediterrânica, um marcador sobre Dieta Mediterrânica enviado pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas, um folheto informativo sobre Dieta Mediterrânica gentilmente oferecido pela Câmara Municipal de Tavira (Comunidade Representativa, em Portugal, da Dieta Mediterrânica);
- recolha, pelos alunos, de receitas (Dieta Mediterrânica), através de partilha intergeracional;
- caracterização, pelos alunos do 8ºE, de ervas aromáticas (cujo uso constitui um dos princípios da Dieta Mediterrânica);
- início da elaboração de um livro de receitas com o material recolhido pelos alunos;
- pesagem, por alunos do 9ºF e Profª Manuela Ferreira, do desperdício
alimentar na cantina da Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento;
- trabalhos de manutenção, pelos alunos e Profª Lucinda, da horta da Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento e pintura de pneus usados, que serão futuros canteiros;
- construção do blogue Eathink do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, com publicação regular de posts;
- realização de trabalhos de casa, com consulta de informação do blogue, por alunos de 7º ano (sobre ervas aromáticas);
- realização de trabalho de pesquisa/reflexão, por alunos de 10º ano, na sala de aula, consultando material do blogue (sobre desperdício alimentar).
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
O CANTINHO DAS AROMÁTICAS vem à Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento
O CANTINHO DAS AROMÁTICAS (agricultura biológica urbana) aceitou o convite da equipa do Eathink do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, deslocando-se à Escola Secundária, no presente ano letivo, em data a definir, para um encontro entre produtor e os nossos alunos.
O nosso muito obrigado.
Equipa do CANTINHO DAS AROMÁTICAS
Fonte: http://cantinhodasaromaticas.blogspot.pt/
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Sessões de sensibilização para a necessidade de redução do desperdício alimentar - Secundária do Entroncamento
No dia 14 de janeiro de 2016, a Dra. Liliana Oliveira, da Associação Portuguesa de Dietistas, dinamizará, na Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento, sessões de sensibilização para a necessidade de redução do desperdício alimentar, destinadas a alunos de sétimo ano, das turmas A, B, C, D, G e H. As sessões decorrerão nas aulas de Geografia.
Esta iniciativa resulta de uma articulação entre o projeto Eathink - Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento e o projeto Movimento 2020, da Associação Portuguesa de Dietistas.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Alunos do 10ºA LH refletem acerca do desperdício alimentar
Na aula de Geografia A, do dia 14/12/2015, os alunos do 10ºA LH, consultando material deste blogue, refletiram acerca do desperdício alimentar: causas, consequências e possíveis soluções para reduzir esse desperdício.
A Cátia e a Alexandra consultam o blogue Eathink - Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento
A Rosário consulta um post com dicas para reduzir o desperdício alimentar
O Nuno visualiza um vídeo sobre o projeto Re-Food
A Susana consulta um post sobre a Cooperativa Fruta Feia
O Nuno visualiza um vídeo sobre a Cooperativa Fruta Feia
O Leonardo elabora, em word, a sua reflexão sobre desperdício alimentar
O material produzido pelos alunos será utilizado, no 2º período, para a elaboração de um vídeo, a colocar na plataforma moodle do Agrupamento, a sensibilizar para a necessidade de redução do desperdício alimentar.
Alunos de 7º ano da Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento fazem trabalho de casa sobre o tomilho bela-luz e a stévia
Fotos de cadernos diários de alunos de sétimo ano da Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento, com o registo de como o tomilho bela-luz e a stévia podem ser usados na alimentação humana.
Este trabalho de casa foi feito com consulta de informação constante deste blogue.
O objetivo da atividade foi a divulgação de ervas aromáticas, cuja utilização constitui um dos princípios da Dieta Mediterrânica em Portugal.
O objetivo da atividade foi a divulgação de ervas aromáticas, cuja utilização constitui um dos princípios da Dieta Mediterrânica em Portugal.
Cadernos diários dos alunos do 7ºG onde constam registos sobre o tomilho bela-luz e a stévia |
Caderno diário do Guilherme, do 7ºH - registo relativo ao tomilho bela-luz |
Outra página do caderno diário do Guilherme (7ºH) - registo relativo à stévia |
sábado, 12 de dezembro de 2015
2016... Ano Internacional das Leguminosas
A FAO decidiu
declarar 2016 como Ano Internacional das Leguminosas devido aos benefícios nutricionais, à sustentabilidade da produção que ajuda à
segurança alimentar e nutricional. É uma forma de promover a produção
das leguminosas que são muito importantes para a riqueza do solo, mas
também para a nossa saúde: lentilhas, grão, feijão, favas, ervilhas são
importantes fontes proteicas e de aminoácidos para o organismo humano e
ajudam a prevenir a obesidade, a diabetes, cancro, doenças coronárias,
entre outras.
Fonte: https://pt-pt.facebook.com/AGROBIOAgriculturaBiologica/posts/1018894994827492 (acesso em 12/12/2015)
Agricultura de proximidade... quando o agricultor e o consumidor se tratam por tu
Pedro Rocha está a tentar fazer crescer a agricultura de proximidade em Portugal. Mas o que é isso?
Numa entrevista dada ao Jornalíssimo (06/12/2015), o agricultor explicou em que consiste o conceito, referindo que "a agricultura de proximidade é aquela que nos permite obter produtos alimentares de uma forma mais direta e próxima" e que "é sobretudo um passo para um futuro mais sustentável. Mais proximidade
promove mais humanismo na relação comercial, menos necessidade de
embalagem, menos transporte, menos refrigeração. Logo, uma menor pegada
ecológica."
Re-Food... Aproveitar para Alimentar
A Re-Food é um movimento comunitário independente, 100% voluntário,
conduzido por cidadãos e integrado numa IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), cujo fim consiste na
recuperação de comida em boas condições (em restaurantes, cafés, ...) para alimentar pessoas
necessitadas.
A Re-Food está totalmente voltada para a comunidade e
opera a partir da própria comunidade, ou seja, com voluntários, sem salários, com custos baixos e
alta produtividade, não detendo bens ou investimentos que não sirvam a
sua missão.
O projeto Re-Food tem como principal missão eliminar o desperdício alimentar e acabar com a fome, incluindo neste esforço todos os membros da comunidade.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
COOPERATIVA FRUTA FEIA... vamos reduzir o desperdício alimentar
Jornal da Noite (SIC) - 01/03/2014
Para mais informações acerca da COOPERATIVA FRUTA FEIA:
COOPERATIVA FRUTA FEIA versus DESPERDÍCIO ALIMENTAR
Cerca de metade da comida produzida no mundo em cada ano vai para
o lixo.
Segundo a
FAO, o atual desperdício alimentar nos países industrializados ascende a
1,3 mil milhões de toneladas por ano, suficientes para alimentar as cerca de
925 milhões de pessoas que todos os dias passam fome.
Este
desperdício tem consequências não apenas éticas, mas também ambientais, já que
envolve o gasto desnecessário dos recursos usados na sua produção (como
terrenos, energia e água) e a emissão de dióxido de carbono e metano
resultante da decomposição dos alimentos que não são consumidos.
Só em
Portugal são desperdiçadas um milhão de toneladas de alimentos por ano - 17% do
que é produzido pelo país - de acordo com as conclusões do PERDA apresentadas
em dezembro de 2012.
Os motivos
para este desperdício são vários e ocorrem ao longo de toda a cadeia
agroalimentar. Modelos
de produção intensivos, condições inadequadas de armazenamento e
transporte, adoção de prazos de validade demasiado apertados e promoções
que encorajam os consumidores a comprar em excesso, são algumas das causas
que contribuem para o enorme desperdício atual.
Outro
problema é a preferência dos canais habituais de distribuição por frutas e
legumes “perfeitos” em termos de formato, cor e calibre, o que acaba por
restringir o consumo de alimentos que não respeitam determinadas normas estéticas. Esta exigência resulta num
desperdício de cerca de 30% do que é produzido pelos agricultores.
Com o objetivo de reduzir as toneladas de alimentos de qualidade que são devolvidos à terra todos os anos pelos agricultores e, com isso, evitar também o gasto desnecessário dos recursos usados na sua produção, como a água, as terras cultiváveis, a energia e o tempo de trabalho, surge, em 2013, a COOPERATIVA FRUTA FEIA. Ao alterar padrões de consumo, este projeto pretende que, no futuro, sejam comercializados de forma igual todos os produtos hortofrutícolas com qualidade, independentemente do tamanho, cor e formato.
A cooperativa Fruta Feia surge da necessidade de inverter as tendências de normalização de frutas e legumes que nada têm a ver com questões de segurança e de qualidade alimentar. Este projeto visa combater uma ineficiência de mercado, criando um mercado alternativo para a fruta e hortaliças “feias”, que consiga alterar padrões de consumo. Um mercado que gere valor para os agricultores e consumidores e combata tanto o desperdício alimentar como o gasto desnecessário dos recursos utilizados na sua produção.
Com o objetivo de reduzir as toneladas de alimentos de qualidade que são devolvidos à terra todos os anos pelos agricultores e, com isso, evitar também o gasto desnecessário dos recursos usados na sua produção, como a água, as terras cultiváveis, a energia e o tempo de trabalho, surge, em 2013, a COOPERATIVA FRUTA FEIA. Ao alterar padrões de consumo, este projeto pretende que, no futuro, sejam comercializados de forma igual todos os produtos hortofrutícolas com qualidade, independentemente do tamanho, cor e formato.
A cooperativa Fruta Feia surge da necessidade de inverter as tendências de normalização de frutas e legumes que nada têm a ver com questões de segurança e de qualidade alimentar. Este projeto visa combater uma ineficiência de mercado, criando um mercado alternativo para a fruta e hortaliças “feias”, que consiga alterar padrões de consumo. Um mercado que gere valor para os agricultores e consumidores e combata tanto o desperdício alimentar como o gasto desnecessário dos recursos utilizados na sua produção.
Fonte: Adaptado de http://www.frutafeia.pt/pt/projecto (acesso em 08/12/2015)
Doce de casca de melancia... desperdício zero
Mais um exemplo de aproveitamento integral dos alimentos, agora com casca de melancia...
Publicado, no youtube, a 03/11/2015
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
SOPA VERDE DE TALOS... para redução do desperdício alimentar
Estima-se que 25% dos alimentos que compramos vai para o lixo.
Contribua para a redução desse valor, através do aproveitamento das sobras e de partes do alimento que normalmente são desperdiçadas, como cascas e talos.
Contribua para a redução desse valor, através do aproveitamento das sobras e de partes do alimento que normalmente são desperdiçadas, como cascas e talos.
A Associação Portuguesa dos Nutricionistas, no "Livro de receitas com sobras e desperdício de alimentos reutilizáveis" (novembro/2013), apresenta algumas sugestões para o seu uso. Um exemplo é a SOPA VERDE DE TALOS, cuja confeção passamos a apresentar.
Água de cozedura de hortícolas
Talos de alface
Talos de brócolos
Talos de couves
1 couve flor
2 chuchus
Amêndoa palitada q.b.
Azeite q.b.
Preparação
Colocar numa panela os talos previamente lavados e cortados em juliana.
Descascar, lavar e cortar em pedaços os chuchus e a couve flor.
Juntar a água de cozedura de legumes e deixar cozer.
Reduzir o preparado a puré.
Servir com algumas amêndoas e um fio de azeite.
VAMOS REDUZIR O DESPERDÍCIO ALIMENTAR...
O PLANETA AGRADECE!
sábado, 5 de dezembro de 2015
CANTINHO DAS AROMÁTICAS (Vila Nova de Gaia) - agricultura biológica urbana
Publicado, no youtube, a 22/09/2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Ervas aromáticas... sugestão para uma prenda de Natal
Produtos portugueses (infusões e tisanas), obtidos em modo de
produção biológico, do Cantinho das Aromáticas (Vila Nova de Gaia), premiados no concurso
mundial Great Taste Awards (2014 e 2015).
Ervas aromáticas... alguns benefícios para a saúde da sua utilização
Ajudam a aromatizar os alimentos e a diminuir o consumo do sal, mas os benefícios das ervas aromáticas são bem maiores e mais vastos.
Os portugueses continuam a consumir o dobro do sal recomendado
Inquérito feito pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão mostra que os portugueses consomem o dobro do sal recomendado e mesmo os hipertensos usam este tempero em excesso - VISÃO (on line), 26/11/2015:
UTILIZE MAIS AS ERVAS AROMÁTICAS
PARA TEMPERAR!
Dieta Mediterrânica (UNESCO)
“A dieta mediterrânica é um conjunto de competências, conhecimentos,
práticas e tradições relacionadas com a alimentação humana, que vão da
terra à mesa, abarcando as culturas, as colheitas e a pesca, assim como a
conservação, transformação e preparação dos alimentos e, em particular,
o seu consumo.
O modelo nutricional desta dieta permaneceu constante através do
tempo e do espaço, os ingredientes principais são o azeite da oliveira,
os cereais, as frutas e verduras frescas ou secas, uma proporção
moderada de carne, peixe e produtos lácteos, abundantes condimentos e
cujo consumo à mesa é acompanhado de vinho ou infusões, respeitando
sempre as crenças de cada comunidade.
A dieta mediterrânica – cujo nome deriva da palavra grega díaita, que
quer dizer modo de vida – não compreende apenas a alimentação, pois é
um elemento cultural que propicia a interação social, verificando-se que
as refeições em comum são uma pedra angular dos costumes sociais e da
celebração de acontecimentos festivos.
A dieta mediterrânica originou também um conjunto considerável de
conhecimentos, cânticos, refrões, contos e lendas. Assim, permanece uma
atitude de respeito pela terra e a biodiversidade e garante a
conservação e o desenvolvimento de atividades tradicionais e artesanais
ligadas à agricultura e às pescas em muitas comunidades dos países do
Mediterrâneo (…). As mulheres desempenham um papel fundamental tanto na
transmissão de práticas e conhecimentos específicos sobre rituais,
gestos e celebrações tradicionais, como na salvaguarda de técnicas.”
Fonte: http://dietamediterranica.cm-tavira.pt/node/1 (acesso em 04/12/2015)
Faz hoje dois anos que a Dieta Mediterrânica foi distinguida como Património da Humanidade
No dia 4 de dezembro de 2013, a Dieta Mediterrânica foi distinguida, pela
UNESCO, como Património Cultural Imaterial da Humanidade, em vários países
(Portugal, Chipre, Croácia, Espanha, Grécia, Itália e Marrocos).
Dois anos após esta distinção, têm sido várias as iniciativas desenvolvidas, em Portugal, para promover a Dieta Mediterrânica. Contudo,
a Associação Portuguesa dos Nutricionistas considera que será necessário um maior empenho na disseminação deste padrão
alimentar.
Por isso, não se esqueça, para bem da sua saúde e do ambiente:
Relembramos os 10 Princípios da Dieta Mediterrânica em Portugal:
- Frugalidade e cozinha simples que
tem na sua base preparados que protegem os nutrientes, como as sopas, os
cozidos, os ensopados e as caldeiradas.
- Elevado consumo de produtos
vegetais em detrimento do consumo de alimentos de origem animal, nomeadamente
de produtos hortícolas, fruta, pão de qualidade e cereais pouco refinados, leguminosas secas e frescas, frutos secos e oleaginosos.
- Consumo de produtos vegetais
produzidos localmente, frescos e da época.
- Consumo de azeite como principal fonte
de gordura.
- Consumo moderado de laticínios.
- Utilização de ervas aromáticas
para temperar em detrimento do sal.
- Consumo frequente de pescado e baixo
de carnes vermelhas.
- Consumo baixo a moderado de vinho
e apenas nas refeições principais.
- Água como principal bebida ao
longo do dia.
- Convivialidade à volta da mesa.
Fonte: Adaptado de http://www.apn.org.pt/noticia.php?id=328 (acesso em 04/12/2015)
Fonte: Adaptado de http://www.apn.org.pt/noticia.php?id=328 (acesso em 04/12/2015)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Ainda a Dieta Mediterrânica... lombinho de porco com amêijoas e xarém de coentros
Publicado, no youtube, a 30/12/2014, pela Tertúlia Algarvia
Bom apetite mediterrânico!
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
"A ironia trágica é ter 70% dos agricultores do mundo com fome"
Entrevista a Eric Holt-Gimenez, presidente da Food First, organização não-governamental americana - Jornal PÚBLICO (16/11/2015):
http://www.publico.pt/economia/noticia/a-ironia-tragica-e-ter-70-dos-agricultores-do-mundo-com-fome-1714505
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Bolo de casca de abacaxi... desperdício zero
Publicado, no youtube, a 16/11/2015, pelo Hipermercado CARREFOUR Brasil
domingo, 22 de novembro de 2015
Pão de Casca de Banana... desperdício zero
Publicado, no youtube, a 15/10/2015, pelo Hipermercado CARREFOUR Brasil
DESPERDÍCIO ZERO NA COZINHA... do nutricionista Alexandre Fernandes
Um livro que nos ensina a não desperdiçar na cozinha. O segredo é reutilizar e reciclar. Nada vai para o lixo!
CASCAS, TALOS, FOLHAS e OUTROS TESOUROS NUTRICIONAIS... mais um livro do nutricionista Alexandre Fernandes
Não desperdice o que lhe faz bem - comer saudável é aproveitar integralmente os nutrientes que os alimentos nos dão: compre menos, desperdice menos, coma melhor!
Num mundo onde o desperdício impera, todos os dias deitamos para o lixo autênticos tesouros nutricionais. Parece-lhe estranho? Então verifique como, utilizando aquilo que normalmente rejeitamos nas nossas cozinhas, se pode preparar um mundo de receitas práticas e deliciosas, e surpreenda a família e os amigos com pratos originais, onde entram cascas, talos e outros «desperdícios» que são muitas vezes a parte mais nutritiva e rica dos alimentos. Dos aperitivos e entradas aos pratos principais e acompanhamentos, doces, bolos e sobremesas, bebidas e molhos, a originalidade impera!
Mas, muito mais do que um livro de receitas, o nutricionista Alexandre Fernandes propõe-nos um autêntico manual de boas práticas ecológicas, nutricionais e de higiene e segurança alimentar para adotarmos no dia a dia, com conselhos para a organização da cozinha, a racionalização dos gastos e ensinamentos úteis para melhor prepararmos e conservarmos os alimentos frescos. Pode ser considerado ainda um livro de cozinha ideal para cozinheiros principiantes, com instruções pormenorizadas, tabelas de conversão e mesmo um pequeno dicionário da alimentação.
Fonte: http://www.wook.pt/ficha/cascas-talos-folhas-e-outros-tesouros-nutricionais/a/id/12445607 (acesso em 22/11/2015)
Partilha intergeracional de receitas de culinária
Alunos do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento já realizaram, numa partilha intergeracional, o levantamento de receitas que usam ervas aromáticas ou plantas silvestres na sua confeção.
Essas receitas serão, agora, analisadas pela equipa do Eathink e as que estiverem mais de acordo com os princípios da Dieta Mediterrânica irão integrar um livro de receitas a oferecer às bibliotecas do Agrupamento.
sábado, 21 de novembro de 2015
E por falar em ervas aromáticas... uma receita com poejos
Açorda de bacalhau no pão com camarão e poejos
Receita do Chefe Paulo Silveira
(para 4 pessoas)
300 g de aparas de bacalhau
100 g de miolo de camarão
400 g de pão duro
1 ovo
20 g de alho
30 g de pimento
20 g de coentros
20 g de poejo
5 g de sal
5 cl de azeite
3 g de pimenta
Demolhe o pão em água fria e
escorra-o bem.
Coza o bacalhau com as espinhas e
pele. Lasque-o depois de cozido.
Deixe as espinhas e a pele
continuarem a cozer durante mais uns 5 minutos. Passe este caldo por um
passador e verta-o sobre o miolo do pão. Deixe repousar.
Leve um tacho alto ao lume com
azeite e alho picado.
Quando o alho fritar, junte o
camarão e o pimento cortado aos cubos.
Tempere com sal e pimenta.
Retire o camarão quando estiver
frito e reserve.
Baixe o lume e junte o miolo do
pão, mexendo sempre.
Quando atingir a fervura,
acrescente o bacalhau lascado e os poejos e coentros picados.
Envolva tudo muito bem e disponha
o camarão por cima. Parta o ovo para o centro do preparo e envolva tudo
novamente.
Bom apetite mediterrânico!
Alunos do 8ºE da Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento caracterizam ervas aromáticas
Os alunos do 8ºE, orientados pela Profª Isabel Ribeiro, realizaram, em grupos de trabalho, o levantamento das características de algumas ervas aromáticas usadas na Dieta Mediterrânica (culinária e infusões).
Preencheram, com a pesquisa realizada, fichas de caracterização de ervas aromáticas, que deverão integrar um herbário a elaborar pela equipa do Eathink.
Os alunos procederam ao levantamento das características das seguintes aromáticas: alecrim, coentros, louro, tomilho, hortelã, hortelã-pimenta, orégãos e erva-cidreira.
Os trabalhos de arranjo da Horta da Capuchinha continuam...
Os alunos do Clube da Ciência, orientados pela Profª Lucinda Mendes,
realizaram, na passada quarta feira (18 de novembro), a pintura de pneus usados,
que serão futuros canteiros na Horta da Capuchinha.
Aqui fica o resultado do seu trabalho:
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Sessões de sensibilização para a necessidade de redução do desperdício alimentar
No segundo período, a Dra. Liliana Oliveira, da Associação Portuguesa de Dietistas, dinamizará, na Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento, para alunos de 7º ano, sessões de sensibilização para a necessidade de redução do desperdício alimentar. As sessões irão decorrer nas aulas de Geografia.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Movimento ZERO DESPERDÍCIO
Movimento ZERO DESPERDÍCIO (publicado, no youtube, a 18/04/2012)
Mais informações acerca do Movimento ZERO DESPERDÍCIO:
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Algumas dicas para reduzir o desperdício alimentar
Um terço de toda a alimentação humana é desperdício. Assim, o
controlo do que desperdiçamos é uma preocupação da Comissão Europeia,
que propôs o ano de 2014 como o "Ano Contra o Desperdício Alimentar". Foi
definida como meta a redução de 50% do desperdício alimentar em 2020.
Neste sentido é-nos proposto, em todas as fases da cadeia alimentar,
aplicar o princípio dos "3 Rs": Reduzir, Reutilizar, Reciclar.
Algumas dicas para reduzir o desperdício alimentar:
- Planeie as refeições e as compras de alimentos/produtos alimentares, de acordo com o consumo do agregado familiar e de acordo com o stock existente.
- Verifique os prazos de validade dos produtos alimentares no ato da compra.
- Opte por alimentos congelados, quando previr que as versões frescas não venham a ser consumidas em tempo útil.
- Reutilize as sobras das refeições na elaboração de outros pratos ou sopas.
- Escolha os alimentos respeitando a sazonalidade e a produção local, sempre que possível.
- Nas promoções que ofereçam grandes quantidades de alimentos, preveja se serão consumidos antes do término do prazo de validade.
- Prepare e confecione os alimentos/refeições de acordo com as necessidades, evitando preparação/confeções em quantidades excessivas.
- Conserve os alimentos da forma adequada, consultando a informação das embalagens.
domingo, 15 de novembro de 2015
Pesagem do desperdício alimentar na cantina da Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento
Alunos do 9ºF, orientados pela Profª Manuela Ferreira, na primeira pesagem de desperdício alimentar, realizada na cantina da Escola Secundária com 3º Ciclo do Entroncamento, no dia 10 de novembro de 2015. Serviram-se 500 refeições, de arroz com almôndegas, registando-se um desperdício alimentar de cerca de 46 Kg.
Projeto Fruta Tropical Justa
no programa de informação Bom Dia Portugal, da RTP1
Fruta Tropical Justa - Instituto Marquês de Valle Flôr:
Livro ERVA UMA VEZ... ESTÓRIAS COZINHADAS COM AROMAS
O livro reúne informação sobre mais de 30 ervas aromáticas, presentes
em, aproximadamente, 80 receitas que nos permitem experimentar uma
viagem gastronómica pelo universo da comida saudável. Compotas, pão,
bebidas, assados, sanduíches, sobremesas, vegetarianas, sopas, entre
outras propostas, todas elas carregadas de aroma e sabor,
características tão presentes nos alimentos de origem biológica.
É um livro de receitas com ervas aromáticas, onde, para
além disso, se podem encontrar informações muito práticas e diretas
dadas por Luís Alves. Semear, ver crescer, secar, saber fazer uma infusão,
aplicar à culinária, são algumas das informações que podemos encontrar
neste livro, de forma descontraída.
Ainda as ervas aromáticas: Segurelha (por Luís Alves)
Publicado, no youtube, a 27/12/2010
A segurelha ou segurelha-das-montanhas (Satureja montana) é um
arbusto perene, surgindo em terrenos incultos na Europa Mediterrânica em
encostas e zonas declivosas e solos pobres e bem drenados, sempre com
boa exposição solar, tal como esta planta gosta. Em Portugal encontra-se
naturalizada, sendo também cada vez mais cultivada para diversos fins,
representando uma excelente opção enquanto ornamental, já que é de muito
baixa manutenção, depois de instalada apenas necessita de podas
regulares para estimular a sua vegetação e evitar o envelhecimento
precoce, não necessitando praticamente de rega durante todo o ano.
O solo para o cultivo desta planta não deve por isso ser muito fértil e
deve ter sempre a melhor exposição solar. Excelente opção para cultivar
em vasos e floreiras.
Não se deve confundir com outras espécies, como a segurelha-da-horta ou segurelha-de-verão (Satureja hortensis), que é uma planta anual, silvestre em Portugal e a Satureja spicigera, de porte rasteiro e consistência mais herbácea, ambas com interesse culinário, mas com características distintas.
Estabelece um casamento perfeito com todas as leguminosas no prato. Por
ser um excelente digestivo, previne cólicas e sobretudo a flatulência,
inerente ao consumo de todos os grãos. Muito bom com favas
guisadas, com pedacinhos de bacon e uns raminhos de segurelha ou apenas
um simples caldo de cenoura, pontuado com um raminho da dita 5 minutos
antes de servir. É por isso uma excelente planta condimentar, estando
representada nos requintados ramos de cheiro, tão típicos na afamada
cozinha francesa.
Para além da reputação enquanto condimentar, é também uma planta
medicinal fundamental, por ter propriedades anti-sépticas, fungicidas,
anti-diarreicas e anti-virais. É muito utilizada para combater
inflamações das vias respiratórias, indisposições digestivas, como
enfartamento, gases e cólicas e gastroentrites agudas. O óleo essencial é
algo tóxico, pela elevada presença de carvacrol e não deve ser aplicado
em crianças com menos de 6 anos.
Externamente, é usada em inflamações cutâneas e de mucosas diversas,
como otites, estomatites, em queimaduras ligeiras e micoses.
A sua colheita pode ser feita ao longo de todo o ano, mas são os novos
crescimentos de primavera/verão as partes mais interessantes desta
planta, pela elevada presença de substâncias ativas.
Pode tomar-se a infusão de 1 colher de sobremesa por chávena, 3 chávenas
por dia ou o óleo essencial, 3-5 gotas sobre um torrão de açúcar, 3
vezes ao dia, no final das refeições.
Fonte http://cantinhodasaromaticas.blogspot.pt/2010/12/segurelha.html (adaptado; acesso em 15/11/2015)
sábado, 14 de novembro de 2015
Não se esqueça... COMPRE PRODUTOS LOCAIS e da época
Pequeno almoço: um hábito saudável - alguns minutos, grandes benefícios
Publicado, no youtube, a 05/11/2015,
pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Alterações climáticas e produção agrícola e alimentar em Timor Leste
Ciclo de Cinema - documentário COWSPIRACY: O SEGREDO DA SUSTENTABILIDADE
A indústria agropecuária é uma das principais responsáveis pela desflorestação, pelo consumo de água potável e pela poluição a nível
mundial. Alguns estudos apontam que emite maior quantidade de gases com
efeito de estufa do que o setor dos transportes.
Esta indústria contribui em larga escala para a destruição da floresta, extinção de espécies, perda de habitat, erosão do solo, “zonas mortas” no oceano e praticamente todos os outros problemas ambientais.
Esta indústria contribui em larga escala para a destruição da floresta, extinção de espécies, perda de habitat, erosão do solo, “zonas mortas” no oceano e praticamente todos os outros problemas ambientais.
A exibição do filme será seguida de debate sobre a produção e consumo
de alimentos e o seu impacto no meio ambiente, nomeadamente ao nível dos
ecossistemas e das alterações climáticas.
Filme de Kip Andersen e Keegan Kuhn (2014)
Duração: 85 minutos
Nota: o filme será legendado em português
Nota: o filme será legendado em português
Entrada livre, sujeita à lotação da sala
Levantamento dos bilhetes: Bilheteira do Cinema São Jorge a partir das 14h do dia 22 de novembro de 2015
Levantamento dos bilhetes: Bilheteira do Cinema São Jorge a partir das 14h do dia 22 de novembro de 2015
Fonte: http://plataformaongd.pt/agenda/evento.aspx?id=1552 (acesso em 13/11/2015)
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Rede de Cabazes PROVE - PROMOVER e VENDER
Publicado, no youtube, a 03/07/2015
Núcleos PROVE no território nacional
(onde pode adquirir cabazes com frutas e legumes diretamente do produtor):
(onde pode adquirir cabazes com frutas e legumes diretamente do produtor):
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Cabaz do Mar - concelho de Odemira
Publicado, no youtube, a 05/12/2014
Para mais informações acerca do Cabaz do Mar:
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Quinta do Casal da Juge (Torres Novas)
Cabazes com produtos hortícolas que podem ser adquiridos por encomenda
Para saber mais acerca da Quinta do Casal da Juge:
domingo, 8 de novembro de 2015
Alheira de urtigas... uma alternativa
Relembramos que a urtiga é rica em vitamina C, ferro, cálcio, ...
Esta alheira foi comprada, ontem, no Intermaché da Mealhada (distrito de Aveiro) e produzida em Fornos de Algodres, capital da urtiga.
sábado, 7 de novembro de 2015
Comida processada, o novo tabu (artigo da Revista do Jornal Expresso)
Experimente fazer o seguinte exercício: antes de encher o carrinho das compras no supermercado, leia os rótulos de cada uma das embalagens em que pegar. E tenha especial atenção à letra E, em especial quando surge antes de números como E170 (carbonato de cálcio), E270 (ácido láctico), E330 (ácido cítrico), E440 (pectinas), E570 (ácidos gordos) ou E941 (azoto). Sempre que encontrar estas combinações pense duas vezes se vai comprar em doses para comer todos os dias. Estes aditivos alimentares podem ser uma de quatro coisas (nenhuma delas muito boa). Ou são corantes, utilizados para adicionar ou restaurar cor num determinado alimento; ou conservantes, usados para prolongar a durabilidade dos alimentos; podem ser antioxidantes, para aumentar a durabilidade; ou ainda agentes de tratamento da farinha, adicionados para melhorar a qualidade da cozedura.
Saiba que ao comprar algo com o tal E no rótulo está a levar um alimento processado, ou seja, deliberadamente alterado do seu estado natural. Não é que estes aditivos alimentares sejam proibidos, pelo contrário, constam da legislação comunitária sobre alimentação - o que, aliás, atesta pela sua segurança. A carne processada, depois do estudo da Organização Mundial de Saúde,que veio relacionar o seu consumo excessivo com o cancro, passou a inimigo público número um, mas há mais alimentos transformados pelo homem nas nossas dietas.
"Alguns alimentos processados, tais como as refeições pré-confecionadas, podem conter teores elevados de açúcar ou de sal e, por isso, serem pouco aconselhados para consumo frequente. A leitura dos rótulos poderá permitir identificar alimentos mais adequados nutricionalmente e que, por 100 gramas de produto, tenham menos de 5 gramas de açúcares, menos de 3 gramas de lípidos e menos de 0,3 gramas de sal", alerta Ezequiel Pinto, diretor do curso de Dietética e Nutrição da Universidade do Algarve.
Ao contrário da ideia que se generalizou nas últimas semanas, não são só os hambúrgueres e as salsichas os alimentos processados. Quando se fala neste tipo de comida engloba-se, segundo o Conselho Europeu para a Informação Alimentar, tudo o que seja congelado, desidratado, curado, fumado, salgado, fermentado ou fumado, assim como tudo o que tenha recebido aromas, conservantes ou edulcorantes. O problema do excesso de processamento são as propriedades naturais que o processo retira aos alimentos. E, por esta altura, já está a pensar que vai encher o carrinho de compras com... nada. Calma. Cuidado e equilíbrio não são sinónimo de proibição. Tem tudo a ver com a quantidade.
Nutricionistas e endocrinologistas alertam para os perigos do consumo excessivo de produtos processados, o que significa comê-los todos os dias, a todas as refeições. Numa altura em que estão a ser diabolizados, contudo, o equilíbrio passou a ser a palavra de ordem. Sim, devem ser evitados, mas não, não é preciso nunca mais comer uma bolacha ou um hambúrger. A vida, também na alimentação, não é a preto e branco e a velha máxima segundo a qual "tudo o que é em excesso faz mal" deve prevalecer. Entre os dois extremos existem várias camadas de cinza. "Não se trata de dizer que tudo o que é processado é mau e tudo o que não é processado é bom", defende Nuno Borges, presidente da Associação de Nutricionistas. Um desses exemplos são as massas alimentícias, como esparguete ou o macarrão, processadas, porém com poucos ingredientes, para serem mais facilmente digeridas. O bife, um alimento natural, é um outro exemplo: quando é grelhado em demasia sofre um tipo de processamento. "É difícil arranjar um chapéu que englobe tudo. Existem alimentos que diferem notavelmente no seu grau de processamento", destaca o nutricionista. Não existem definições oficiais, no entanto há artigos científicos que começam a estabelecer diferentes tipos de patamares para o processamento:
ALIMENTOS POR NÍVEL DE PROCESSAMENTO
GRUPO 1
POUCO OU NÃO PROCESSADOS
Alimentos que foram submetidos a alterações mínimas
Arroz
Carne
Feijão
Leite
Fruta
Raízes e tubérculos
Vegetais
Peixe
Ovos
Outros*
* Grãos (além do arroz e do feijão), frutos secos e sementes (sem sal), mariscos, café, chá e condimentos secos
GRUPO 2
ALIMENTOS PROCESSADOS
Os que resultam da junção adição de sal e/ou açúcar a outro alimento pouco processado
Açúcar (sacarose)
Óleo vegetal
Farinha de mandioca
Farinha de trigo
Massas
Gordura vegetal (margarinas)
Gordura animal (manteiga, banha ou natas)
Outros *
* Farinha de milho, amidos, outros açúcares e adoçantes e leite de coco
GRUPO 3
ULTRAPROCESSADOS
Alimentos que resultam de várias etapas e técnicas de processamento e são produzidos essencialmente de maneira industrial
Pão
Biscoitos
Doces
Refrigerantes
Salsichas
Queijo
Carne salgada, curada ou fumada
Refeições enlatadas, congeladas ou desidratadas
Molhos, incluindo a maionese
Outros*
* Peixe salgado, seco ou em conservas. Vegetais enlatados em salmoura, massas instantâneas, cereais de pequeno-almoço açucarados, bebidas de leite e outras bebidas açucaradas
Fonte: Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, novembro 2010
Na hora de escolher o que comer, há um truque que pode ser usado: comprar o que tenha cinco ou menos ingredientes no rótulo. "É importante saber ler as embalagens e sempre que as pessoas não perceberem o que lá está, o melhor é perguntar ao médico ou ao nutricionista", diz Davide Carvalho, endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. O "principal flagelo", defende o especialista, é a obesidade (afeta um milhão de adultos), um fator a ter em conta no risco de cancro.
Recentemente, a preocupação com a alimentação deixou de ter como objetivo a elegância e passou a ser feita em nome da saúde. Pelas prateleiras dos supermercados multiplicam-se os produtos saudáveis, as sementes, os alimentos biológicos, os cereais alternativos. Já na internet é fácil encontrar bloggers "especialistas" em alimentação saudável (que se baseiam apenas nas suas próprias experiências, sem terem qualquer tipo de formação) ou casos de quem passou de um nº 42 para um 34 cortando o glúten, os produtos lácteos e os processados. Vivemos um período de modas na comida em que, de repente, se generalizam as teorias. "Aparece um estudo a dizer que algo faz mal e toda a gente deixa de comer. Parece que é impossível ter bom senso para fazer uma dieta equilibrada, as pessoas gostam de modas, de tendências", frisa Davide Carvalho. Só assim se percebe a atual preocupação com os alimentos processados, um fenómeno antigo e cuja origem remonta à conservação de latas em França, durante a época de Napoleão Bonaparte. "Não se pode meter tudo no mesmo saco. Hoje em dia, praticamente todos os alimentos passam por algum tipo de processamento", recorda Nuno Borges.
Fonte: Revista do Jornal EXPRESSO, edição 2245, 07/11/2015
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