O Parlamento aprovou, ontem - 20 de maio, por unanimidade, o Projeto de Resolução do PAN
(Partido Pessoas- Animais-Natureza) que recomenda ao Governo a elaboração de um estudo nacional sobre o
impacto da distância percorrida pelos alimentos desde o local de
produção ao consumidor final.
O estudo tem por base a premissa de que a alimentação produzida pelo
sistema convencional “quilométrico” utiliza 4 a 17 vezes mais
combustível e dióxido de carbono. “Os alimentos viajantes geram quase 5
milhões de toneladas de CO2 por ano, contribuindo para o agravamento das
alterações climáticas. Para além disto, uma alimentação feita com
produtos nacionais e, preferencialmente, locais, possibilita o consumo
de alimentos frescos, saudáveis e com menos conservantes e aditivos
químicos”, explicou o PAN em comunicado.
Estima-se que, atualmente, a maioria dos alimentos do mundo viaja em
média cerca de 5 000 quilómetros desde o local de produção até ao local
de consumo. A uniformização e globalização da agricultura tem impactos
negativos a vários níveis, nomeadamente ambientais, económicos,
culturais e de saúde e segurança alimentar. A alimentação é o ponto de
partida para a resolução de muitas questões de saúde e ambientais. “Se
tivermos uma alimentação mais correta, vamos ter menos doentes, menos
medicamentos e menos despesa, logo, vamos ter um serviço nacional de saúde mais sustentável. A
prevenção primária faz-se muito por via da alimentação”, recordou André
Silva, Deputado do PAN.
Fonte: http://greensavers.sapo.pt/2016/05/20/proposta-do-pan-sobre-distancia-percorrida-pelos-alimentos-aprovada-no-parlamento/ (adaptado - acesso em 21/05/2016)