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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Dieta Mediterrânica - o tema da nossa fotorreportagem


A Dieta Mediterrânica teve a sua origem nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo ou que por ele são influenciados. Este padrão alimentar começou a ser descrito nos anos 50 e 60 do século XX, sobretudo à luz do que se praticava em Creta, noutras regiões da Grécia e no sul de Itália.

A palavra “dieta” deriva do termo grego “diaita” que significa estilo de vida equilibrado. A Dieta Mediterrânica é precisamente isso: um estilo de vida marcado pela diversidade e conjugado com as seguintes características:

• consumo elevado de alimentos de origem vegetal (cereais pouco refinados, produtos hortícolas, fruta, leguminosas secas e frescas e frutos secos e oleoginosos);
• consumo de produtos frescos, pouco processados e locais, respeitando a sua sazonalidade;
• utilização do azeite como principal gordura para cozinhar ou temperar alimentos;
• consumo baixo a moderado de lacticínios;
• consumo frequente de pescado e baixo e pouco frequente de carnes vermelhas;
• consumo de água como a bebida de eleição e baixo e moderado consumo de vinho a acompanhar as refeições principais;
• realização de confeções culinárias simples e com os ingredientes nas proporções certas;
• prática de atividade física diária;
• fazer as refeições em família ou entre amigos, promovendo a convivência entre as pessoas à mesa.

Ancel Keys foi o investigador americano responsável pela divulgação da Dieta Mediterrânica, após realização de um estudo em diversos países do Mediterrâneo nos anos 50 (século XX), onde verificou que o aumento do aparecimento de doença coronária estava relacionado com um aumento do consumo de gorduras, sobretudo de gorduras saturadas. A exceção verificou-se na bacia do Mediterrâneo onde, apesar do consumo elevado de gordura, o surgimento de enfartes do miocárdio era menor. Esta relação despertou o interesse do investigador, tendo concluído que se deveria ao facto do tipo de alimentação e, entre outros aspetos, a gordura consumida nestes países ser o azeite.

Desde então, a Dieta Mediterrânica tem vindo a ser bastante estudada nas últimas décadas. Diversos estudos científicos sugerem que este tipo de dieta se associa a uma maior longevidade e diminuição de risco de desenvolvimento de diversas doenças, sendo considerada uma das dietas mais saudáveis do mundo

O reconhecimento, pela UNESCO, da Dieta Mediterrânica como  Património Cultural Imaterial da Humanidade, em Espanha, Marrocos, Itália, Grécia, Portugal, Chipre e Croácia,  desde 4 de dezembro de 2013reforça, juntamente com a evidência científica já existente, que se trata de um modelo cultural, histórico e de saúde.

Fonte: Ebook "Dieta Mediterrânica, um padrão de alimentação saudável", Associação Portuguesa dos Nutricionistas, maio de 2014 (adaptado)


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