Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento

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domingo, 15 de novembro de 2015

Ainda as ervas aromáticas: Segurelha (por Luís Alves)

 Publicado, no youtube, a 27/12/2010

A segurelha ou segurelha-das-montanhas (Satureja montana) é um arbusto perene, surgindo em terrenos incultos na Europa Mediterrânica em encostas e zonas declivosas e solos pobres e bem drenados, sempre com boa exposição solar, tal como esta planta gosta. Em Portugal encontra-se naturalizada, sendo também cada vez mais cultivada para diversos fins, representando uma excelente opção enquanto ornamental, já que é de muito baixa manutenção, depois de instalada apenas necessita de podas regulares para estimular a sua vegetação e evitar o envelhecimento precoce, não necessitando praticamente de rega durante todo o ano.

O solo para o cultivo desta planta  não deve por isso ser muito fértil e deve ter sempre a melhor exposição solar. Excelente opção para cultivar em vasos e floreiras.

Não se deve confundir com outras espécies, como a segurelha-da-horta ou segurelha-de-verão (Satureja hortensis), que é uma planta anual, silvestre em Portugal e a Satureja spicigera, de porte rasteiro e consistência mais herbácea, ambas com interesse culinário, mas com características distintas.
  
Estabelece um casamento perfeito com todas as leguminosas no prato. Por ser um excelente digestivo, previne cólicas e sobretudo a flatulência, inerente ao consumo de todos os grãos. Muito bom com favas guisadas, com pedacinhos de bacon e uns raminhos de segurelha ou apenas um simples caldo de cenoura, pontuado com um raminho da dita 5 minutos antes de servir. É por isso uma excelente planta condimentar, estando representada nos requintados ramos de cheiro, tão típicos na afamada cozinha francesa.

Para além da reputação enquanto condimentar, é também uma planta medicinal fundamental, por ter propriedades anti-sépticas, fungicidas, anti-diarreicas e anti-virais. É muito utilizada para combater inflamações das vias respiratórias, indisposições digestivas, como enfartamento, gases e cólicas e gastroentrites agudas. O óleo essencial é algo tóxico, pela elevada presença de carvacrol e não deve ser aplicado em crianças com menos de 6 anos.

Externamente, é usada em inflamações cutâneas e de mucosas diversas, como otites, estomatites,  em queimaduras ligeiras e micoses. 

A sua colheita pode ser feita ao longo de todo o ano, mas são os novos crescimentos de primavera/verão as partes mais interessantes desta planta, pela elevada presença de substâncias ativas.

Pode tomar-se a infusão de 1 colher de sobremesa por chávena, 3 chávenas por dia ou o óleo essencial, 3-5 gotas sobre um torrão de açúcar, 3 vezes ao dia, no final das refeições.

Fonte http://cantinhodasaromaticas.blogspot.pt/2010/12/segurelha.html    (adaptado; acesso em 15/11/2015)

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