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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Dieta Mediterrânica, muito para além da alimentação (artigo da revista Continente Magazine)

Apesar de Portugal não ser banhado pelo mar Mediterrâneo,  partilha muitos dos traços desta dieta considerada saudável.

A Dieta Mediterrânica não é um padrão homogéneo em toda a área do Mediterrâneo, apresentando variações regionais. Partilha, contudo, a simplicidade e a variedade, criando uma combinação equilibrada e completa de diversos alimentos que não entram em conflito com o prazer e a história gastronómica de cada uma dessas regiões.

Esta dieta surgiu há muitos séculos, resultado da geografia, do clima, da flora, da fauna e dos povos do Mar Mediterrâneo. Etimologicamente, deriva do latim diaeta e do grego díaita, que significa "maneira de viver", "regime de vida".

Um dos princípios desta dieta que a transformam em única e diferenciadora dos demais padrões alimentares é, sem dúvida, a convivialidade à mesa, já que desempenha um papel vital para as famílias ou grupos de amigos, quer em situações do normal quotidiano, quer em momentos culturais ou festivos, reunindo pessoas de todas as idades, condições e classes sociais. 

Para além do princípio referido anteriormente, existem mais nove que caracterizam a Dieta Mediterrânica, nomeadamente:

1. Cozinha simples, que inclui os cozidos, os ensopados e as caldeiradas 
Ou seja, métodos culinários que protegem os nutrientes dos alimentos. Além disso, na culinária portuguesa, destacam-se ainda as sopas como um forte elemento da tradição gastronómica e da alimentação saudável. Quentes ou frias, simples ou requintadas, são perfeitas em qualquer altura e em  qulaquer mesa.

2. Elevado consumo de produtos de origem vegetal
Entre estes destacam-se os produtos hortícolas, fruta, pão e cereais pouco refinados (como arroz e massas integrais), leguminosas secas e frescas (como o feijão, grão, favas, ervilhas, entre outras), frutos secos e oleaginosos (como nozes, amêndoas, avelãs, etc.).

3. Consumo de produtos vegetais frescos, produzidos localmente e da época
Agora, em outubro, estamos em plena época da batata-doce, de legumes como as couves, o alho-francês, a abóbora e o agrião, e de frutos como o marmelo, a romã e o dióspiro. Nesta altura inicia-se também a época da castanha. 

4. Consumo de azeite como principal fonte de gordura
Sabia que os polifenóis, uma substância natural presente no azeite, têm um poder antioxidante e que, por isso, contribuem para a proteção das gorduras do sangue contra as oxidações indesejáveis?

5. Consumo moderado de laticínios
Os laticínios são importantes e recomendados também pela Roda dos Alimentos Portuguesa, contudo não abuse dos mesmos e prefira as versões magras. Duas a três porções diárias são suficientes: por exemplo, 250 ml de leite, um iogurte líquido e duas fatias finas de queijo são suficientes para um adulto com um estilo de vida ativo. As crianças necessitam apenas de duas porções.

6. Utilização de ervas aromáticas para temperar em detrimento do sal 
Use e abuse das ervas aromáticas e até das especiarias! Dê sabor às suas refeições sem carregar no sal. Além disso já sabe, não leve o saleiro para a mesa.

7. Consumo frequente de pescado e mais reduzido de carnes vermelhas
Alterne entre a carne, o peixe e os ovos e varie o tipo e carne e peixe que consome. Duas vezes por semana opte por peixe gordo, como o salmão, o carapau, a sardinha, a cavala, entre outros, já que são ricos em ómega 3, um tipo de gordura que ajuda na manutenção de níveis normais de colesterol no sangue.

8. Consumo baixo a moderado de vinho
Além disso, deve ser consumido apenas  nas  refeições principais.

9. Prefira a água como principal bebida ao longo do dia 
Se não gosta de água simples, adicione-lhe algumas rodelas de limão e folhas de hortelã ou crie as suas próprias receitas de águas aromatizadas. 

Fonte: Adaptado de CONTINENTE MAGAZINE  (Nutricionista - Mayumi Thaís Delgado), nº61, outubro 2015

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